sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ausência e mais irreverência

Já la vai uma semana desde que meti aqui qualquer coisa da última vez mas pronto estive demasiado ocupado a fazer pouco ou nada ao bom modo de quaisquer férias.

De qualquer modo, a JSD voltou com a sua "irreverente"(ver significado no dicionário) campanha que, citando o presidente da mesma, em nada é pessoal e visando atacar o primeiro-ministro (lá agora). Desta vez criaram um vídeo em que basicamente repetem a mesma coisa vezes e vezes sem conta durante 9 minutos para parecer que dizem muito. Pessoalmente isto para mim é falta de ter que dizer, é falta de ter ideias, é falta de respeito, é falta de dignidade, é desespero. Parece que de tudo o que se pode culpar, o actual governo tem culpa segundo essa facção da oposição, não é novidade vindo deles mas está bem, deixem-nos andar é o que eles acham que política é, dizer mal dos adversários em vez de lutar pelos interesses dos jovens. Digo isto porque me dei ao trabalho de procurar bem fundo no site da JSD e com as keywords projecto-lei, projecto e lei, não encontrei qualquer tipo de iniciativa da parte destes levada ao parlamento.

A propósito disto:
"Great minds discuss ideas. Average minds discuss events. Small minds discuss people." - Eleanor Roosevelt

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

E no PSD...

As coisas no PSD não parecem estar lá muito bem... Apareceu hoje mais uma voz dentro do próprio partido a pedir a demissão de Manuela Ferreira Leite, desta vez é Ângelo Correia (ex-Ministro da Administração Interna e fundador do PSD) que pede à líder para verificar se tem realmente condições para liderar o (ainda) maior partido da oposição.
Com as eleições cada vez mais perto PS continua a assumir-se como a única força partidária capaz de assumir os destinos do país.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Nota rápida

Há pouco passei por um cartaz do PCP, daqueles inamovíveis que por aí há em Évora, e vi qualquer coisa do género "qualquer coisa que não me lembro Sim, é possível!" todo a vermelho e preto como é da praxe.

Este "sim, é possível" é claramente uma alusão ao Yes, We Can da campanha do presidente dos E.U.A. no entanto, quando este foi eleito lembro-me de Jerónimo de Sousa ter dito e passo a citar "é uma ilusão de mudança" (certamente preferia a eleição de John McCain). Agora, vendo bem as coisas e vejam lá se não faz sentido o que vou dizer, quando eu considero qualquer coisa como sendo negativa ou falsa não a vou imitar, é claro, a não ser que me considere negativo ou falso. Ou seja, está o PCP finalmente a assumir-se como ilusão? É só o que faz sentido, não estou a insinuar nada Não estou a insinuar nada

Edit: Further investigation levou-me a reparar que Jerónimo de Sousa já anda a usar este mote desde o Congresso do PCP

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eluana Englaro

Morreu hoje à tarde Eluana Englaro, a mulher italiana cujo nome tanto tem sido ouvido ultimamente. O caso de Eluana relançou o tema da eutanásia na Itália quando os seus pais a transferiram para uma clínica privada onde a sua alimentação foi suspensa.

Durante a última semana o Governo e o Vaticano tentaram exercer pressões para impedir a morte com honra desta mulher há 17 anos em coma (desde os seus 21 anos) aliás ainda neste sentido o Senado Italiano iria hoje ou amanhã aprovar um decreto-lei para impedir o corte da alimentação de Eluana mantendo-a assim viva, em coma.

http://en.wikipedia.org/wiki/Euthanasia

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Portugal

A modos de que para começar o blog deixo um artigo de à um ou dois anos, escrito por Nicolau Santos sobre o lado de Portugal do qual é raro haver notícias sensacionalistas ou, for that matter, notícias.

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.
Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

Por: Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso In Revista Exportar

A propósito disto:

"Nunca vi o pessismo criar um emprego que fosse" - José Sócrates em Évora

Nota: A propósito disto é uma secção, em cada post que se justifique, de citações